PolíticaPolítica Nacional
Ministério das Mulheres atua em defesa da mulher na questão das mudanças climáticas
Em entrevista à SNMPT, secretária-executiva Maria Helena Guarezi fala sobre como o ministério tem se debruçado na execução de ações de enfrentamento às mudanças climáticas para as mulheres
O Ministério das Mulheres participa do Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima (CIM) relacionado à Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC) e da Estratégia e Plano de Ação Nacionais para a Biodiversidade (EPAN).
Por meio do Observatório Brasil da Igualdade de Gênero (OBIG), o Ministério está se organizando para disponibilizar dados atualizados sobre gênero, meio ambiente e mudanças climáticas para auxiliar no planejamento de ações participativas junto à sociedade brasileira e aos governos locais.
Além disso, realizou os seminários “Meninas e Mulheres no Protagonismo da Justiça Climática”, mulheres plurais e de diferentes territorialidades debateram sobre o tema para que sejam produzidos insumos que servirão para construção dos posicionamentos estratégicos do Ministério na agenda climática.
Em âmbito internacional, o Ministério coordena o Grupo de Trabalho Empoderamento de Mulheres no G20 onde estamos pautando as ações climáticas com perspectiva de gênero, além da realização de uma pesquisa em desenvolvimento com ONU Mulheres.
Também participa anualmente das Conferências das Partes (COP) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC), que consistem no principal fórum internacional sobre gênero e mudanças climáticas.
Por fim, o Ministério irá propor um repertório de atividades específicas para as mulheres brasileiras no contexto da COP 30, que ocorrerá em 2025, em Belém do Pará.
“De maneira geral, o Ministério das Mulheres pretende reunir o Estado e a sociedade civil para refletirem sobre estratégias mais eficientes de participação e de empoderamento das mulheres nas posições de lideranças no combate às mudanças climáticas, além de mecanismos que possam assegurar a sobrevivência física e cultural dos grupos de mulheres que vem sendo gravemente afetados pelos transtornos ocasionados pela crise climática”, revelou a secretária-executiva do Ministério das Mulheres e coordenadora do Grupo de Trabalho Empoderamento de Mulheres no G20, Maria Helena Guarezi.
Trabalho do G20 no tema
Segundo Maria Helena, o GT de mulheres do G20 tem trabalhado em propostas apresentadas como soluções de políticas que incluem o financiamento climático com perspectiva de gênero e a inserção de mulheres nas tomadas de decisão sobre política ambiental e climática.
“Em todo mundo, as mulheres são minorias nos processos de formulação política e de participação nos fóruns internacionais, o que agrava a lacuna de inclusão e integração de perspectivas de gênero nas tomadas de decisões que tem a ver com as políticas ambientais e climáticas internacionais de cada país”, afirma.
Diante dos impactos desproporcionais causados às mulheres e meninas, e da insuficiência de dados atualizados e disponíveis com recorte de gênero, a coordenação do Grupo de Trabalho de Empoderamento de Mulheres do G20 propôs aos países membros e convidados para a Cúpula que fosse realizada uma pesquisa preliminar sobre o planejamento político de cada país para o enfrentamento das emergências climáticas com perspectiva de gênero, além de um documento norteador com orientações políticas.
“As propostas de soluções de políticas também tratam da inclusão de gênero e a participação das mulheres em atividades de coleta de dados e evidências, estratégia de extrema relevância. Existem diferentes estudos no tema, mas falta uma sistematização aprofundada e atualizada que demonstre os efeitos a que mulheres e meninas de diversos segmentos étnico sociais estão submetidas, comparando os dados por meio de perspectivas interseccionais para os diferentes países e regiões do mundo”, relata.
Cinara Marques, da redação