O prefeito de Araripina, Raimundo Pimentel, e a ex-deputada estadual e candidata à Alepe, Socorro Pimentel, ambos do União Brasil, declararam apoio à candidata ao Governo de Pernambuco em evento realizado nesta sexta-feira (12), na capital pernambucana.
“Não quero que esse gesto seja visto como uma simples adesão de um prefeito de uma cidade polo, como é Araripina. Quero que esse gesto seja visto como uma conclamação a todos os prefeitos que, como eu, sofreram perseguição e boicote desse governo que aí está”, declarou.
Pimentel destacou que os prefeitos não alinhados ao Palácio do Campo das Princesas sempre foram tratados a pão e água pelo governo do PSB.
“Nossas cidades e nossa população sempre foram tratadas de forma injusta, cruel e desumana. Araripina teve tudo negado, inclusive vacina contra a Covid”, afirmou o prefeito.
Questionados pela imprensa presente, tanto Raimundo quanto Socorro declararam que votarão em Lula para presidente da República. “Voto em Lula desde 1989!”, reforçou o prefeito.
Para a candidata a deputada estadual Socorro Pimentel, que já exerceu um mandato na Assembleia Legislativa de Pernambuco, Marília Arraes é quem tem mais capacidade de aglutinar as forças políticas do Estado para tirá-lo de onde ele estão.
“Sei o que é ser oposição ao PSB. Fui presidente da comissão que acompanhou os casos de microcefalia no Estado e tenho certeza que podia ter se feito mais, já em 2016. Estou aqui para trilhar essa caminhada junto com Marília. Vamos juntar a força da mulher do Sertão com a força da mulher de todo Pernambuco”, disse.
Ao agradecer o apoio de Raimundo e Socorro, Marília se comprometeu com a mudança da matriz energética do Polo do Araripe, maior produtor de gesso do País.
“Não é possível que o produtor de gesso do Araripe continue queimando lenha e desmatando a catinga para produzir gesso. Vamos levar gás natural para Araripina. Nada contra Petrolina, que também precisa ter acesso ao gás, mas o que justifica o gás natural chegar a Petrolina e não chegar ao Araripe, que tem uma demanda maior?”, questionou. Marília.
Também presente ao evento, o candidato a vice na chapa de Marília, Sebastião Oliveira, destacou que comunga com Marília a visão de interiorização do desenvolvimento.
“Marília não escolheu um sertanejo para sua chapa à toda. Tenho certeza que ela terá um olhar diferenciado para o Sertão e tenho certeza que juntos vamos levar muitas oportunidades para quem precisa”, reforçou.
Marília reforçou ainda seus compromissos com habitação, erradicação da fome e combate à miséria.
“Vamos destinar 1% da receita corrente líquida do Estado para a construção de moradias. Isso é cerca de R$ 350 por ano. Nosso governo vai ser um governo voltado para que mais precisa. Vamos erradicar a fome, combater a miséria e trabalhar, junto com os municípios, para melhorar a vida das pernambucanas e dos pernambucanos”, garantiu.
Perguntada sobre a quantidade de prefeitos que estão apoiando a sua candidatura, Marília Arraes foi enfática.
“Não estou contando. Me incomoda tratar as pessoas como números. É isso que o PSB faz. Estou aqui com um sentimento de gratidão muito grande e vou receber todo mundo de braços abertos. E os que não quiserem vir, seja por pressão ou por outro motivo, podem ficar tranquilos. Vocês não serão perseguidos”, tranquilizou.
TRAIÇÃO
O prefeito de Araripina havia declarado apoio a Miguel Coelho, do UB, ex-prefeito de Petrolina. Entretanto, em entrevistas e áudios que circulam na maior cidade do Araripe, o gestor alegou estar havendo um movimento político que estaria prejudicando o retorno de sua esposa, a ex-deputada Socorro Pimentel que disputará novamente um mandado de deputada estadual.
“Um acordo tem que ser cumprindo pelos dois lados e não estou vendo isso e o resultado vem sendo ruim para Socorro”, disse o gestor em um desses áudios.
Miguel que foi sabatinado pela Rádio Jornal Recife, parece não ter digerido bem a troca de Pimentel e companhia de seu palanque para o de Marília Arraes, e tachou o prefeito e seu grupo de traidores.
“Em política, traição dificilmente é perdoada”, frisou ao ser questionado pelos jornalistas que conduziam a entrevista. (Por Cinara Marques com assessoria de imprensa)
