O drama de mães que precisam se arriscar para conseguir fazer o uso medicinal da maconha para tratar a doença dos filhos foi relatado pela deputada Jô Cavalcanti, do mandato coletivo Juntas, do PSOL. Durante a Reunião Plenária da Assembleia Legislativa, nesta segunda, a deputada defendeu que o tema seja discutido e citou pesquisas que comprovam a eficácia da droga para aliviar sintomas de doenças como epilepsia, asma, esclerose múltipla, parkinson, entre outras patologias. “O alívio das dores, as reduções das convulsões e a melhoria na qualidade de vida das pessoas que passam por esse tratamento é algo muito significativo para elas e para as suas famílias. Isso não pode ser desconsiderado.”
A utilização da maconha para fins medicinais foi consenso entre os parlamentares que se pronunciaram. Já a descriminalização das drogas, que está em pauta no Supremo Tribunal Federal, dividiu opiniões. O deputado Pastor Cleiton Collins, do PP, disse estar preocupado com essa possibilidade, já que os números da violência relacionados ao uso de entorpecentes são muito altos no País. “O Brasil precisa descobrir políticas, como nós já fizemos aqui: política de prevenção; política de tratamento; de buscar sanar os problemas; mas, principalmente, política de repressão, da forma que a polícia tem trabalhado.”
Ele recebeu apoio do deputado Delegado Erick Lessa, do PP, que trouxe dados sobre os homicídios em Pernambuco, em que 70% dos casos têm relação com o tráfico e o uso de entorpecentes. João Paulo, do PCdoB, disse que é preciso pensar soluções para a superlotação dos presídios, que prejudica especialmente a população pobre. Alberto Feitosa, do Solidariedade, questionou se o Brasil está preparado para dar esse passo. Waldemar Borges, do PSB, pediu que o assunto seja discutido sem hipocrisia, já que o álcool, uma das drogas mais danosas para a sociedade, tem o seu uso permitido.
O aumento da informalidade entre os trabalhadores brasileiros foi criticado pelo deputado João Paulo, do PCdoB. Ele citou dados do IBGE que revelaram crescimento no número de empregados sem carteira assinada e questionou as políticas do Governo Federal para o setor. “O trabalhador sem registro vive sem qualquer rede de proteção, sem direito a férias, 13º salário, nem Fundo de Garantia por Tempo de Serviço. O Estado, por sua vez, também tem prejuízos, porque empresas e pessoas que vivem na informalidade não pagam impostos.”
A possível instalação de uma usina nuclear na cidade de Itacuruba vai ser tema de debate promovido pela Diocese de Floresta, ambas no Sertão de Itaparica. A deputada Teresa Leitão, do PT, leu o convite elaborado por Dom Gabriel Marchesi para o encontro que vai discutir o Rio São Francisco e suas energias. O evento, que vai ser realizado em Floresta, nesta terça e quarta, deve reunir argumentos contrários e favoráveis à proposta.
A visita do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, ao Recife, foi registrada pelo deputado Antônio Moraes, do PP. Ele destacou o empenho do parlamentar federal em prol da indústria sucroalcooleira do Nordeste. Maia participou do evento promovido pela Associação de Produtores de Açúcar, Etanol e Bionergia, nesta segunda, na capital pernambucana.
O deputado Alberto Feitosa, do Solidariedade, apresentou requerimento ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, solicitando que a CPI sobre o vazamento de óleo no Nordeste não seja instalada. Para ele, a medida pode prejudicar ainda mais a economia. “Eu acho que não é o momento de CPI. A CPI pode criar um ambiente de alarmismo, que pode ser muito, mas muito, prejudicial à cadeia produtiva do turismo de sol e mar.” José Queiroz, do PDT, afirmou que as piores consequências ainda estão por vir, como as substâncias cancerígenas espalhadas no mar, nos manguezais e nos animais marinhos.
Por Notícias do Parlamento
Redação Portal Tribunna
