Política

Atos democráticos marcam o 11 de agosto no Brasil e neste de 2022, cartas em defesa da democracia serão lidas em atos públicos organizados em várias cidades brasileiras

Também foi num 11 de agosto de 1992 que o Movimento Caras Pintadas com estudantes dos ensinos médio e superior, iniciou o 'Fora Collor'.

As Arcadas do Largo de São Francisco, tradicional prédio da Faculdade de Direito da USP, será palco daqui a pouco da leitura de dois manifestos em defesa da democracia.

A partir de 9h30, o ato inicia com a leitura da carta elaborada pela Fiesp com apoio de dezenas de entidades empresariais, como a Febraban e a Fecomércio, e de centrais sindicais. Em seguida será a vez da Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em defesa do Estado democrático de Direito, organizada por ex-alunos da faculdade e que já conta com quase 900 mil assinaturas.

Entre os principais candidatos às presidência, somente Jair Bolsonaro (PL) não a assinou. Por questões de segurança, apenas convidados terão acesso aos eventos, mas telões foram montados para que o público acompanhe na rua. (g1)

CARAS PINTADAS

O 11 de agosto também marca o dia do estudante e foi nesta data há 30 anos que foi iniciado o ‘Movimento Caras Pintadas’. Estudantes universitários e do ensino médio foram às ruas em todo o Brasil par gritarem ‘FORA COLLOR’.

Tomado por escândalos de todos os lados, o governo do ex-presidente Fernando Collor de Melo se tornou insustentável. Diversas mobilizações e protestos contrários a Collor, já em andamento, tiveram seu ápice nos meses de agosto e setembro de 1992.

No dia 16 de agosto, preocupado, o presidente discursou pedindo para que a população saísse e apoiasse a manutenção do governo dele, utilizando as cores da bandeira do Brasil.

Contudo, em vez disso, as pessoas protestaram contra a permanência de Collor na presidência.  No mesmo dia do discurso de Collor, 16 de agosto,  registrou-se protestos em diversas cidades do país. Nelas, os milhares que protestaram, saíram às ruas com os rostos pintados de preto, verde e amarelo e deram a simbologia e o nome da mobilização: Movimento Caras-Pintadas.

foto internet divulgação

De acordo com dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV), em São Paulo e no Rio de Janeiro, a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União Brasileira dos Estudantes (UBES) foram as principais entidades responsáveis por articularam os mais de 10 mil jovens que participaram destes protestos.

E a mobilização foi ainda maior nos protestos seguintes. Novamente de acordo com os números da FGV, as manifestações de 25 de agosto, por exemplo, foram extensas e espalhadas por dezenas de cidades e capitais brasileiras. Apenas em São Paulo, foram cerca de 400 mil estudantes.

Essas manifestações tiveram continuidade por todo o mês de setembro até que, em 2 de outubro, Collor finalmente foi colocado frente à abertura de um processo de impeachment no Senado.

Em 29 de dezembro de 1992, depois de tentar diversas alternativas de defesa, Collor foi afastado de qualquer cargo público pelos oito anos seguintes e renunciou ao cargo de presidente. Itamar Franco, seu vice, assumiu a presidência até 1995. (com Politizei)

 

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Cinara Marques

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