Política
Denúncia: funcionários do STTAR de Petrolina são demitidos e entidade diz que não tem dinheiro para pagar as verbas rescisórias
Num vídeo enviado à redação do TNE, um dos demitidos questiona o diretor financeiro sobre a medida e denuncia que o sindicato dobrou a gratificação dos novos diretores e ampliou o quadro de funcionários. O Tribuna Nordeste entrou em contato com a assessoria de comunicação do STTAR, mas até o fechamento do texto, ainda não tinha chegado uma resposta oficial do sindicato.
A redação do PORTAL TRIBUNA NORDESTE recebeu no final da tarde desta sexta-feira, 13, um vídeo e relatos, entre outros materiais, de uma denúncia contra o STTAR de Petrolina (Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Assalariados).
Segundo a denúncia, o material contém graves irregularidades da nova diretoria que tem à frente a presidente Maria Joelma. No relato, o funcionário conta que a entidade demitiu funcionários e disse que não tinha dinheiro para pagar as verbas rescisórias do grupo que além de ficar sem emprego, estava sendo negado um direito trabalhista que qualquer entidade sindical considera inegociável..
Muito mais foi grave a orientação dada pelo diretor financeiro, Francisco Pascoal (Chicou), cuja a voz aparece no vídeo enviado a nossa redação por um dos demitidos. Chicou diz que para receber os direitos trabalhistas,, os funcionários demitidos terão que entrar na justiça para fazer um acordo com o STTAR e receber o que é direito do trabalhador e trabalhadora dispensado de qualquer emprego.
“Como a gente não tem recursos para quitar com vocês, então tem que entrar na justiça para fazer um acordo”, diz o diretor na gravação.
O funcionário questiona como demitir sem ter dinheiro para quitar os direitos e cita que houve aumento de gratificação, de benefícios, e de contratação de mais funcionários na entidade.
“A gente entrar na justiça, demora. Por mim a gente fazia um ‘paradeiro’ aqui no sindicato como a gente faz quando os patrões não querem negociar com os trabalhadores”, respondeu o funcionário que gravou o vídeo e que iremos resguardar sua identidade como direito constitucional do jornalista de proteger a fonte.
INCOERÊNCIA
Considerado o maior Sindicato de Trabalhadores Assalariados Rurais do Nordeste, demitir funcionários e alegar não ter dinheiro para pagar as rescisões, se torno no mínimo, incoerente dentro da política sindical.
Conforme nossa fonte, porém “a entidade continua contratando funcionários, aumentando gratificação de diretores e reformando o prédio. Agora, pais e mães de família estão desempregados e sem verbas rescisórias”, lamenta.
Ele disse que ao procurar presidência, foram recebidos pela tesouraria, que orientou que os mesmos procurassem a justiça e propor um acordo, como citamos acima..
“Onde já se viu, um sindicato que orienta na base (categoria) que acordo é proibido e agora está coagindo esses funcionários a fazerem acordo? Queremos levar essa vergonha aos cuidados do Ministério Público”, declarou o funcionário que gravou o vídeo questionando o diretor tesoureiro.
O TRIBUNA NORDESTE recebeu cópias dos novos contracheques que postaremos junto com o vídeo abaixo. Veja um dos comprovantes do novo salário dos dirigentes sindicais do STTAR Petrolina. O salário anterior era menor de R# 1500,00, conforme informado a nossa reportagem.
Entramos em contato com a assessoria de comunicação do STTAR assim que recebemos o material, por volta das 18h, mas até o fechamento do texto, às 20h32, não tinha chegado nenhuma nota oficial da entidade. Publicaremos assim que as informações chegarem, apresentando o outro lado da informação como é feito no jornalismo profissional. O espaço está aberto.
Confira o vídeo com o diálogo entre o funcionário demitido e o diretor de finanças do sindicato: