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Entrevista: “A fome foi uma opção de Bolsonaro”, de Tereza Campello, ex-ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome

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BASTIDOR por Cinara Marques

Um dos saldos mais cruéis de três anos e meio de Jair Bolsonaro na Presidência são os 33 milhões de brasileiros que passam fome e os 65 milhões (número equivalente à população da França) que não comem o suficiente e são obrigados a pular uma das refeições diárias.

Esses dados são o tempo todo mencionados, mas pouco se fala sobre as causas dessa tragédia, afirmou, nesta quarta-feira (29), em entrevista ao Jornal PT Brasil, a ex-ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome Tereza Campello.

“A grande imprensa diz que isso aconteceu devido à pandemia. Não é verdade. Se a gente comparar o Brasil com outros 120 países, o Brasil piorou quatro vezes acima da média desses outros países”, ressaltou Campello, citando pesquisa divulgada recentemente pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

Para a ex-ministra, trata-se de um indicativo claro de que a fome e a insegurança alimentar são resultado das escolhas feitas pelo atual governo. O Brasil, lembrou Campello, tinha condições de ser um dos mais bem sucedidos na proteção da população ao longo da pandemia, por contar com o Sistema Único de Saúde (SUS), um sistema de segurança alimentar que estava bem estruturado e experiência técnica no combate à pobreza e à fome. 

“Portanto, poderia ter enfrentado a pandemia de outro jeito. Foi uma opção do governo deixar as pessoas morrerem por conta do coronavírus, como aconteceu. E foi uma opção, também, não tomar medidas que prevenissem essa tragédia de segurança alimentar que a gente está vivendo”, argumentou.

Entre as opções feitas pelo governo Bolsonaro e que favoreceram a volta da fome, Tereza Campello destacou o desmonte de políticas de segurança alimentar, como o apoio à agricultura familiar, o Programa de Aquisição de Alimentos e o programa de cisternas.

Além disso, o fim da política de valorização do salário mínimo e o desmonte da lei trabalhista tiveram um efeito criminoso. “Quem está na informalidade, sem carteira assinada, corre três vezes mais risco de cair em situação de fome”, informou Campello.

(assista  a entrevista abaixo reproduzida no Canal Tribuna Nordeste). Se inscreva, curta e comente nosso conteúdo.

Com Portal PT

VEJA A ENTREVISTA AQUI

 

 

 

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Cinara Marques

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