Política

Famílias que integram MST desocupam área da Embrapa palco nesta terça para o Semiárido Show 2023

Trabalhadores se reuniram em assembleia por volta das 13h, após sinalização do MDA em agilizar as pautas acordadas para fortalecer a reforma agrária e a agricultura familiar.

Após pouco mais de cinco horas ocupando parte da área onde está sendo concluída a montagem do Semiárido Show que este ano acontece de forma presencial após a pandemia no espaço pertencente a antiga Embrapa Sementes Básicas, na BR-428 entre Petrolina e Lagoa Grande, no sertão do São Francisco, integrantes do Movimentos do Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), na região, deixaram a área.

Os integrantes do MST se reúnem nesta terça com o ministro Paulo Teixeira, de Desenvolvimento Agrário que vem ao Vale do São Francisco participar da abertura oficial do Semiárido Show nesta terça, dia 1º.

Após uma manhã de negociação entre os dirigentes do movimento na região, representantes da Embrapa Semiárido e Embrapa sede em Brasília com o MDA, foi acordado a urgência em pontos negociados pelo MST em apoio às pautas das famílias assentadas e acampadas da região e na defesa da agricultura familiar..

“O MST tem um acordo com o MDA, Incra Nacional e a Ouvidora Agrária que são a recriação do Incra Submédio São Francisco em Petrolina que sempre foi um instrumento muito importante para o desenvolvimento dos assentamentos e de fato concretizar de fato a reforma agrária; o ponto dois da negociação é terra para a criação de assentamentos para resolver o problema das famílias acampadas na Embrapa e também disponibilizar terras públicas e devolutas como é o casos dos projetos irrigados para também resolver uma divida histórica desde 2007 com as famílias dos acompanhamentos Dom Tomaz e Democracia que foram brutalmente expulsas da área e essas famílias reivindicam essas área. E isso é o que essas famílias esperam do governo”, relatou Reginaldo.

Conforme Reginaldo, a negociação online com o ministro Paulo Teixeira sinalizou o entendimento e que vai  depender agora do presidente Lula assinar o decreto de recriação do Incra. na região. Houve também negociação com a Codevasf e com a Embrapa que pode até ser parceiro do MST em suas políticas de troca de tecnologias para fortalecer a agricultura familiar e sustentável.

“Na Codevasf houve um entendimento sobre disponibilizar parte das terras do Pontal para assentar as famílias. E com a Embrapa a gente quer inclusive formalizar parceria com a empresa para na questão da pesquisa a produção de sementes crioulas que é o que a gente defende, dentro do princípio do MST, para poder desenvolver essas tecnologias nos assentamentos, porque o MST tem uma filosofia que é produzir comida e comida de qualidade com a agroecologia”, acrescentou Martins.

Depois das reuniões online e da assembleia, os integrante da ocupação saíram do local e decidiram participar do evento como incentivador do avanço das novas tecnologias para o pequeno agricultor e asssentados. Coordenador do MST no Vale do São Francisco, Paulo Sérgio ressalta que o entendimento foi feito em reunião online com o MDA.

“Nossa mobilização sempre é pacífica para atender a pauta dos trabalhadores que é ter direito à terra. São cinco anos sem novos assentamentos e as famílias estão ansiosas pela volta da conquista da terra. Isso é importante”, assinalou o dirigente do MST na região.

Um porta voz do MST no sertão e em PE, Florisvaldo Araújo, confirmou a aprovação em assembleia com os acampados da retirada das famílias, numa ocupação pacífica e em que se chegou a uma negociação e um encaminhamento.

“Queremos apenas o que é direito do trabalhador. Nenhum assentamento foi conquistado em Pernambuco senão pela luta dos trabalhadores. Vamos lutar para que o governo cumpra a pauta com a reabertura da superintendência do Incra, que as terras da Codevasf deixem de  ir só para os empresários e no caso da Embrapa, a terra que não esteja cumprindo seu papel na ciência, da tecnologia e da pesquisa, seja destinada à reforma agrária e que a gente possa de fato garantir a alimentação do trabalhador. E o único instrumento dessa garantia é a reforma agrária”, acrescentou Florisvaldo.

ABAIXO IMAGENS DA SAÍDA DAS FAMÍLIAS

 

 

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Cinara Marques

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