Política

Guarda Municipal isola área de prédio que desabou e matou 14 pessoas em Paulista/PE

CHUVAS NA RMR – Após a tragédia do desabamento do edifício do Conjunto Beira-Mar, no Janga, em Paulista, que deixou 14 mortos e três feridos, que desabou parcialmente na última sexta-feira (7), a área da tragédia foi isolada pela Guarda Municipal de Paulista.

No sábado (8), após 35 horas, todas as pessoas que eram procuradas pelos bombeiros foram localizadas no segundo dia de buscas entre os escombros. Uma mãe e dois filhos foram encontrados abraçados sem vida numa cama de casal entre os destroços do desabamento. Marcela Neves dos Santos, de 42 anos, que trabalhava como faxineira autônoma. Ela morava no Conjunto Beira-Mar há oito anos, junto com Wallace, de 10 anos, e Maria Flor, de 6 anos.
Além deles, o Corpo de Bombeiros, confirmou a morte de Josuel Ramos da Silva, de 45 anos, que trabalhava como porteiro da Escola Municipal Governador Carlos Wilson, localizada em Paulista; Mateus Silva de Albuquerque, de 21 anos, que era namorado de Evelyn (sobrevivente) e que morreu abraçado à jovem, quando parte do prédio desabou. Guilherme Emanuel Misael, de 12 anos; Pedro Misael, de 8 anos, irmão de Guilherme; Ester Misael, de 5 anos, irmã de Guilherme; Maria da Conceição Mendes da Silva, de 43 anos; Deivison Soares da Silva, de 19 anos, filho de Maria, que morreu no hospital após ser resgatado; Deivid Soares da Silva, de 17 anos, filho de Maria e Eloá Soares da Silva, de 21 anos, também filha de Maria e José Celino Mota Neto, de 40 anos, e a companheira dele, Josiane, de 37 anos, que foram encontrados mortos juntos sob os escombros.
Três pessoas foram resgatadas com vida e foram internadas, sendo Emily Misael, de 15 anos, que estava entre os escombros. Ela é irmã de Guilherme Emanuel Misael, Pedro Misael e de Ester Misael, que acabaram morrendo. A mãe dos quatro, Thaylane, saiu para trabalhar e no meio do caminho recebeu a notícia por meio da mãe. Emily quebrou a bacia e foi levada para o Hospital da Restauração, onde permanece com quadro de saúde estável.
Fora da edificação, quatro homens foram encontrados com vida: Cauã de 16 anos, Leonardo de 17, Luan de 21 e Lucas de 22 anos. Eles tiveram ferimentos leves e foram para o hospital.
As buscas foram encerradas por volta das 16h50 do sábado (8). A Defesa Civil do município também interditou mais três prédios, chegando a seis o total de blocos que tiveram que ser desocupados.
SUPORTE
A Prefeitura de Paulista informou que desde o desabamento, está sendo realizado um cadastro, na sede da Igreja Presbiteriana do Janga, localizada próxima ao prédio que desabou, para o recebimento de auxílio moradia por parte das famílias que possuam o perfil social para este benefício. O órgão assegurou ainda “que será liberado, a partir desta segunda-feira (10), para as famílias afetadas que tiverem o perfil socioeconômico para o recebimento deste benefício. Seguimos à disposição.”
Ainda de acordo com a prefeitura, a Igreja Presbiteriana do Janga, também está funcionando como ponto de arrecadação para que a população ajude às famílias, através da doação de donativos como: alimentos, roupas, colchões, água, material de higiene pessoal, dentre outras ajudas. O templo fica localizado na Rua Honorato Fernandez da Paz, 1250, no Janga.
A Escola Municipal Edison Gomes, que fica na Rua Severino Monteiro de Jesus, 750, foi colocada como abrigo temporário, mas somente uma pessoa foi para o abrigo, poré, ainda no sábado, ela foi para casa de familiares.
“Iremos fornecer alimento e tudo que precisarem e todo suporte para um benefício eventual. Depois da triagem e do cadastro, para quem não tiver para onde ir, nós disponibilizamos um acolhimento emergencial, na Escola Edison Gomes, no Janga”, explicou a secretária de Políticas Sociais e Direitos Humanos, Kelly Tavares.
O QUE SE SABE ATÉ AGORA 
O prédio, do tipo “caixão” que desabou, estava interditado por ordem judicial desde 2010, de acordo com a própria prefeitura. Ele faz parte do Conjunto Beira-Mar e havia sido reocupado de forma irregular em 2012. Oito apartamentos desabaram totalmente. Outros quatro foram parcialmente destruídos.
A Prefeitura de Paulista precisará apresentar a relação de todos os imóveis interditados ou diagnosticados com risco de desabamento no município, num prazo de 15 dias. O Ministério Público de Pernambuco, emitiu uma nota em que afirma “a interdição do referido imóvel, assim como sua reocupação, nunca foram comunicada ao órgão, tal como aconteceu com os edifícios Zoe e Montecarlo também na cidade de Paulista.” Eles ainda afirmam que para evitar possíveis novas tragédias, foi instaurado um processo administrativo.
“Esse procedimento tem como objetivo apurar a existência de outros edifícios em situações semelhantes, fazendo levantamento de prédios interditados na cidade de Paulista, ou que precisem ser, buscando adoção das medidas pertinentes para desocupação e/ou demolição, garantindo assim a segurança da população”, complementou o MPPE.
(com portal diário de pernambuco)
Tags

Cinara Marques

Página do Portal Tribuna Nordeste que visa mostrar notícias diárias da região com foco nos estados de PE, BA e PB, Vale do São Francisco, Petrolina/PE, Juazeiro/BA e o que for importante como informação para o Brasil e o mundo. Acesse tribunanordeste.com.br e fique sempre bem informado. Mande sua sugestão no 81 9 9251-9937 ou [email protected] .

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

LUMOS

Adblock Detectado

Considere nos apoiar desabilitando o bloqueador de anúncios
%d blogueiros gostam disto: