Nordeste
Justiça decreta prisão de ex-funcionário de escola que teria apagado imagens da cena do crime de Beatriz Angélica
Mãe de Beatriz, Lucinha Mota desmaia ao ouvir a decisão da prisão.
Redação Tribuna ([email protected])
Por 3 votos a 1, o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) decretou nesta quarta-feira (12), a prisão preventiva de um ex-funcionário do Colégio Maria Auxiliadora, em Petrolina, sertão do São Francisco, local em que a menina Beatriz Angélica Mota foi brutalemnte assassinada com 42 facadas. Alison Henrique teria apagado as imagens do circuito interno de segurança da instituição de ensino, prejudicando as investigações.
A decisão foi bastante comemorada pelos pais da menina que acompanhavam o julgamento. “Pernambuco agora está honrando a sus história”, disse Lucinha Mota mãe de Beatriz que ao ouvir o resultado ficou bastante emocionada e chegou a desmaiar. Após os primeiros cuidados no setor de saúde do Tribunal, Lucinha foi encaminhada para um hospital no Recife para observação.
Antes da decisão, familiares e amigos de Beatriz ,- dos grupos ‘Somos Todos Beatriz e Beatriz Clama por Justiça – se reuniram em frente ao Tribunal e realizaram um protesto (confira no vídeo). A prisão de Alison, que tinha sido solicitada pela atual delegada Polyana Neri, em julho deste ano, havia sido negada pela desembargadora Elayne Brandão. Não sessão hoje do pleno , o recurso impetrado pelo MPPE contra a negativa da prisão do funcionário foi acatado e a prisão, decretada, pelo desembargador Cláudio Nogueira, presidente da sessão.
CRIME
Durante o protesto, o pai da menina Beatriz, Sandro Romilton, questionava o por quê das imagens terem sido apagadas, dias depois da ocorrência do crime. De acordo com ele, mesmo com o pedido da polícia das imagens e para que ninguém tivesse acesso às dependências da escola, o funcionário responsável pelo sistema de segurança entrou e apagou as imagens.
“Temos imagens do momento em que o funcionário da escola responsável pelo setor de monitoramento das câmeras apaga as imagens, que eram reveladoras, que mostravam o suposto criminoso de ter cometido o crime com Beatriz. As imagens foram apagadas vinte dias depois do ocorrido. Questionamos então: quem deu essa ordem para apagar as imagens?”, afirmou o pai de Beatriz.
Na última segunda-feira, dia 10, completou três anos do assassinato da pequena Beatriz que tinha apenas 7 anos.
Num vídeo, postado nas redes sociais, Lucinha Mota repudiou a defesa do advogado Wank Medrado, bastante conhecido no Vale do São Francisco, a Alison Henrique, inclusive representando o cliente no julgamento desta manhã. Acompanhe:
(Com Folhape)