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Mais de 53 mil mortes por coronavírus e governo brasileiro estoca quase 6 milhões de testes para Covid-19

Apuração veio através da Lei de Acesso à Informação

Reportagem de Carta Capital aponta que em meio à pandemia do novo coronavírus, que já matou mais de 53 mil pessoas no Brasil, o governo de Jair Bolsonaro mantém estocado cerca de 5,6 milhões de testes da doença. Os dados foram obtidos pela agência Fiquem Sabendo via Lei de Acesso à Informação e divulgado pelo Yahoo.

Os testes moleculares para Covid-19 foram obtidos pelo Ministério da Saúde desde março, quando a pandemia começou no Brasil. Do total, apenas 36% – cerca de 3,2 milhões – chegaram aos laboratórios de Estados e municípios.

Os dados obtidos pela agência divergem dos divulgados pelo Ministério. Em maio, o governo anunciou a compra de 46 milhões de testes para Covid-19, sendo 24,3 milhões de testes moleculares  e 22 milhões de testes rápidos. No painel de distribuição de insumos, a pasta comunica apenas os dados referentes aos testes moleculares.

Dois requerimentos de acesso à informação distintos, protocolados pela Fiquem Sabendo em abril e maio, solicitando números de ambas as modalidade de testagem, foram respondidos com informações apenas referentes aos testes moleculares.

Testar a população é uma das medidas aprestadas pela Organização Mundial da Saúde como forma de combater a pandemia. Países como Coreia do Sul e Nova Zelândia tiveram sucesso no combate ao coronavírus fazendo testagem em massa na população.

DOENÇA

Enquanto isso, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) registrou 1.374 mortes nas últimas 24 horas, segundo atualização desta terça-feira 23. O total chega a 52.645 óbitos em todo o Brasil. Foram identificados 39.436 contaminações no período de um dia, somando um total de 1.145.906 casos confirmados no país.

Os brasileiros ocupam a vice-liderança nos rankings mundiais de mortes e de infectados por coronavírus, segundo a Universidade Johns Hopkins. Em 1º lugar nas duas listas estão os Estados Unidos, com mais de 121 mil óbitos e 2,3 milhões de casos.

O Brasil segue sem um ministro da Saúde definitivo. Desde a saída de Nelson Teich em 15 de maio, a pasta é chefiada por um ministro interino, o general Eduardo Pazuello. Com a troca de comando, o Ministério da Saúde mudou protocolos, como a realização de coletivas de imprensa diárias, que foram diminuídas.

Pazuello anunciou que o Brasil pode assinar um acordo para produzir a vacina contra a covid-19, produzida na Universidade de Oxford. Testes devem envolver voluntários em São Paulo.

Segundo o Conass, São Paulo segue como o estado com mais mortes, acumulando 13.068 óbitos e 229.475 casos de coronavírus. Em seguida, vem o Rio de Janeiro, com 9.153 óbitos e 100.869 casos. Depois, aparece o Ceará, com 5.717 mortes e 97.528 contaminados.

Portal Tribunna com Carta Capital

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Cinara Marques

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