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Ministério da Saúde debate agroecologia na Marcha das Margaridas

“A mulher sabe liderar, sabe fazer ciência e também sabe lutar, reafirmar seus interesses, seus objetivos e seus ideais diante do poder público e do restante da sociedade”, disse o diretor do Departamento de Prevenção e Promoção da Saúde da Secretaria de Atenção Primária, Andrey Lemos. A fala foi feita nesta terça-feira (16), no Seminário Cadernetas Agroecológicas, durante a programação da Marcha das Margaridas 2023, em Brasília (DF).

A Caderneta Agroecológica, utilizada na atividade ministrada pelo Ministério da Saúde, facilita as anotações, que ainda não são muito comuns na agricultura familiar, de transições referentes à produção no campo. Para fortalecer seu uso, a atividade teve como objetivo o compartilhamento de experiências de sua implementação enquanto ferramenta que propicia a valorização do trabalho de mulheres e visibiliza suas contribuições para a geração de renda, a segurança alimentar e nutricional e a construção de territórios saudáveis.

De acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), que integra a organização da oficina, a caderneta é uma metodologia que contribui para mostrar a riqueza do trabalho das mulheres nos seus quintais produtivos e em todos os espaços de produção que possibilitam fortalecer sua auto-organização e autonomia socioeconômica.

A agricultora Neide, da Zona da Mata de Minas Gerais, ressaltou que a Caderneta Agroecológica foi um motivador para o retorno do trabalho técnico com as mulheres do seu município. “A caderneta mostrou e sistematizou os dados de vendas, doações e trocas de produtos. No mês de julho, eu somei e calculei mais de R$ 2 mil em um mês que produzimos pouco. Para mim, foi uma surpresa”, relatou.

Andrey Lemos defende que o Sistema Único de Saúde (SUS) tem um compromisso histórico com essa pauta, já que existe a compreensão de que a agroecologia se sobressai ao debate determinado pelo serviço público.

“Existe um entendimento de que as cadernetas são apenas um instrumento de registro de atividades do cotidiano. Contudo, é sobretudo um instrumento político-pedagógico que sistematiza práticas, experiências, saberes, fazeres e possibilita uma caminhada coletiva de emancipação de mulheres. As demandas de agroecologia são, sobretudo, um projeto de país e de nação. A gente quer uma sociedade com desenvolvimento, com sustentabilidade e que possa emancipar o povo, dando mais protagonismo a esses territórios”, explicou.

A atividade foi construída a partir de uma parceria entre a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e o Grupo de Trabalho de Mulheres da Articulação Nacional de Agroecologia (ANA). No evento também estiveram presentes representantes do Ministério do Desenvolvimento Agrário e da Secretaria-geral da Presidência da República. (com agência gov)

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Cinara Marques

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