O poder não corrompe,porém revela as pessoas,diz um sábio ditado popular;assim foi com Lucinha Mota. Lucinha ganhou notoriedade a partir de uma tragédia em sua família, fazendo com que a luta por justiça fosse a sua bandeira.
De forma exemplar Ela levantou o movimento “Todos por Beatriz” que ficou conhecido em Petrolina,no Brasil e em vários países; com o crescimento do movimento em prol de sua filha. Lucinha passou a atrair muitos olhares na sociedade,inclusive de mães que viram em sua luta a possibilidade de buscar solução em tantos crimes que até hoje não receberam resposta da justiça, com isso Lucinha propagou que mesmo com o encerramento do caso Beatriz, a luta continuaria e se estenderia para ajudar mães que tiveram seus filhos assassinados e desaparecidos e foram invisibilizados.
O caso Beatriz foi solucionado e o criminoso encontra-se preso.
Enquanto lutava por justiça Lucinha decidiu entrar para a política,levando a sociedade a entender que assim, ela teria mais relevância e chamaria a atenção do poder público para ajudar a solucionar o caso Beatriz com mais agilidade.
Durante sua busca por um partido, Lucinha optou por se filiar ao PSOL (Partido Socialismo e Liberdade) conhecido por não se envolver em escândalos de corrupção e pela sua combatividade .
Por este partido Ela dispôs seu nome para dois pleitos eleitorais obtendo boa votação; sendo a primeira candidatura para deputada estadual, ocupando o lugar de suplente e a segunda para vereadora, esta por sua vez não a elegeu por falta de coeficiente eleitoral.
Nesta segunda eleição, Lucinha obteve a informação da possível fraude eleitoral por parte do AVANTE que forjou a cota de gênero para eleger um vereador, fazendo com que Junior gás ocupasse o cargo. Essa informação junto ao auxilio do PSOL rendeu uma ação judicial e que recentemente comprovou o crime eleitoral e cassou o mandato do AVANTE, concedendo o direito de ocupar o cargo ao PSOL.
Em 2022, Lucinha Mota decidiu mudar de partido, escolhendo sair do PSOL e se filiar ao PSDB da governadora Raquel Lyra, evidenciando os primeiros indícios de incoerência, existindo uma gigantesca distância entre os partidos, optando pelo lado tradicional e neoliberal.
Após a eleição de 2022, mesmo não sendo eleita Lucinha foi agraciada com o convite para ser secretária de Justiça e Direitos Humanos. Estando dez meses à frente da pasta, não conseguiu nenhum feito que fosse atribuído a uma gestão minimamente comprometida com a população, com a justiça e principalmente com os direitos humanos.
Não há se quer um feito que lhe atribua mérito ou visibilidade em relação a pasta ocupada.
Hoje,fora do PSOL há quase 2 anos, ela perdeu o direito de se indicada pelo partido como vereadora, passando o direito ao próximo suplente que é *Erivanildo Amâncio* (Erivan Bombeiro) como é conhecido entre os petrolinenses.
Sabendo que a ação movida por Lucinha trava-se exclusivamente sobre a cassação da chapa do AVANTE e na época não havia infidelidade partidária por parte de Lucinha Mota, o desembargador Eleitoral Rogério Fialho Moreira declarou que “a diplomação objeto da presente irresignação está seguindo estritamente a ordem de classificação dos candidatos do PSOL nas “Eleições de 2020”.
Ainda sobre a sua posse que acorreu hoje (23/10) Lucinha deu mais um aceno a sua incoerência, tendo em vista que ainda é suplente de deputada pelo PSDB, a vaga que ela assumirá é um direito conquistado pelo PSOL que obteve mais de 5 mil votos.
Sabe-se que o partido reivindicará sua vaga judicialmente reiterando a infidelidade partidária de Lucinha Mota,. Todos os cidadão que acompanham os fatos passados e recentes estão perplexos com o golpe dado por Ela.
A atitude que as pessoas esperam de Lucinha Mota, é que Ela renuncie o mandato a um cargo que legitimamente não a pertence. O que ainda intriga a população é o relacionamento que Raquel Lyra estabeleceu com a família *Coelho* que outrora Lucinha fizera duras críticas aos mesmos e hoje se assemelha a uma menina de recados da governadora.
Rafah Ramos e Isabel Macêdo
(Militantes pelos direitos humanos)