Em Petrolina, os partidos políticos e lideranças que se consideram oposicionistas não têm conseguido se unir em torno de uma proposta (mínima) que lhes permitam “tomar o poder” através do voto popular. Preferem incorrer na louca e desastrosa aventura de lançar candidaturas natimortas contribuindo, cada vez mais, para que a oligarquia da família Coelho se perpetue no poder. Até a chamada “ponta de rama” do patriarcado coelhista já tentou chegar ao comando do Palácio do Campo das Princesas, por onde passou Nilo Coelho, por imposição da Ditadura de 1964, naturalmente, sem precisar do voto dos homens e mulheres trabalhadores do Estado de Pernambuco, e particularmente de Petrolina.
Será que as cabeças pensantes desses grupos oposicionistas nunca tomaram conhecimento dos fatos marcantes registrados ao longo da história, onde os descendentes de Clementino Coelho (o coronel Quelé) começaram a colocar em prática a sua sede de poder deste os tempos da República Velha (nos anos de 1930)? A sede de poder era tão braba – já naquele tempo, que levou o “patriarca” Quelê a se indispor (imagine só) com o bispo dom Malan, que ainda hoje é muito querido pela Igreja Católica e seus seguidores na terra das carrancas. Comenta-se, inclusive, que os donos do poder teriam tentado “embaçar” a posse de dom Idílio Soares, que se tornou o primeiro bispo da Diocese
Parece que os militantes oposicionistas (de verdade) esqueceram de colocar na “mesa de cabeceira” como se deram as eleições/indicações da família cujos filhos e sobrinhos (quase todos) foram prefeitos de Petrolina ( ao longo de muitas décadas), deles mais de uma vez, como se a prefeitura significasse para eles um verdadeiro “objeto de desejo” , ou algo que completasse sua verdadeira satisfação como ser humano e animal político. Praticamente todos os irmãos de Nilo Coelho foram prefeitos de Petrolina, inclusive um cunhado de nome Luiz Augusto Fernandes, com origem, salve engano, é no Rio de Janeiro.
E por falar em Nilo Coelho, é bom lembrar que ele foi deputado estadual, federal e chegou ao Senado Federal em uma eleição nada interessante para a democracia e a decência: com os “beneficios” da sublegenda (uma tremenda sacanagem da ditadura) o filho do coronel Quelê foi eleito com a soma dos seus votos e de Wilson Campos, contra Jarbas Vasconcelos(MDB) , que viria se aliar aos seus velhos rivais nascidos, criados e beneficiados pelo golpe de 1964. Quem diria, hein Jarbas?
A sede de poder da família Coelho é tão grande que eles já chegaram a “bater cabeça” na hora de escolher um nome do meio familiar para prefeito de Petrolina. Exemplo disto foi o “racha” entre os irmãos Osvaldo e Paulo na eleição para prefeito, em 2008. O ex-deputado Osvaldo Coelho botou o pé da parede e apoiou o neófito Júlio Lóssio , que venceu a eleição contra o então deputado Gonzaga Patriota (PSB). O resultado foi aplaudido por Fernando Bezerra Coelho, que apoiou uma “ruma” de candidatos a vereador que se diziam ‘pratriotistas” e que na verdade, não passaram de traíras mercenários.
]Também foi registrada uma “briga intestina” dentro do PSB que prejudicou duramente a candidatura de Gonzaga Patriota. O prefeito Odacy Amorim gostaria de concorrer à reeleição e contava com o apoio de Fernando Bezerra Coelho. Os exemplos de prejuízos sofridos pela oposição são quase incontáveis, com pequenos hiatos que aconteceram por desinteresse daqueles que se consideram donos da Capitania de Todos os Coelhos.
Daqui a um ano – como se sabe, teremos mais uma eleição concorrida em Petrolina e os nomes já começam a aparecer nas redes sociais, blogs, e nos quatro cantos do município de Petrolina. Será que antes de discutirem propostas, conversarem exaustivamente sobre os problemas que afligem a população as oposições terão paciência e competência para oferecer uma boa chapa com os nomes de políticos competentes e capazes de representar o povo de Petrolina na Prefeitura e na Câmara de Vereadores?
É hora, portanto, da própria sociedade exigir que figuras conhecidas e testadas nas urnas -como Odacy Amorim, Gonzaga Patriota, Lucas Ramos e Júlio Lóssio entre outros, sejam convocados para trabalhar e suar a camisa em busca de uma UNIDDE das oposições. Depois não digam que não os avisei !