Cinara Marques, redação Tribuna Nordeste
Foi por volta de 16h que duas viaturas chegaram à Rua Xique-Xique , no bairro Areia Branca, tendo dentro policiais do Batalhão de Operações Especializadas da Polícia Militar de Pernambuco (BOPE/PE). O grupo veio de helicóptero direto do Recife para Petrolina, no sertão do estado.
Nossa reportagem acompanhou o momento da chegada dos policiais em uma live na conta oficial do portal no instagram @tribunanordeste.
A ação foi para prender Erico Cavalcanti que é suspeito de cometer feminicídio contra a companheira, Estefânia Gomes, na madrugada desta quarta, 9. O crime ocorreu na Travessa do Espinheiro, esquina com a Rua Xique-Xique, na Areia Branca, bairro da zona leste de Petrolina, tido com um dos mais tranquilos da cidade.
Logo após o crime, cometido com golpes de faca, a Polícia foi acionada através do 190, relatam vizinhos, e chegou por volta de 5h, iniciando uma longa negociação para que o suspeito se entregasse e assim os policiais entrassem no local do feminicídio e iniciassem as investigações.
Mas Erico ficou o tempo todo ao lado do corpo de Estefânia, com a faca apontado para a sua barriga, sem se entregar e ameaçando se matar.
Foram quase 12 horas dialogando. O comandante do Biesp, dois delgados, vários policiais civis e militares, e nada do suspeito ceder. “Teve um momento que estava quase se entregando, mas recou em seguida, entrando em surto novamente”, relatou o comando da operação.
Com a chegada do BOPE, a investida não demorou muito. Existe a informação que Erico chegou a ser ferido, mas a reportagem ainda irá confirmar com a polícia a informação.
A vítima vivia com o acusado há mais de quatro anos e vizinhos relataram ao Tribuna Nordeste que eram constantes os desentendimentos.
Um episódio trágico em plena a semana e o mês da mulher. De janeiro até o começo de março, houve aumento de violência contra várias mulheres pernambucanas e de casos de feminicídios, se comparado com o começo de 2021, dados da ong observatório da violência que monitora os números em todo o país.
A esperança é que haja punições severas de todos os praticantes deste tipo de crime covarde e que campanhas de encorajamento e de proteção à mulher, sejam ampliadas e reforçadas no estado, diante da grave constatação do aumento de casos de violência doméstica.
Em novo post, traremos detalhes sobre o sepultamento da vítima. Familiares de Estefânia que era natural de Santa Maria da Boa Vista, chegaram ao local do feminicídio também próximo da chegada da polícia especializada. No local já tinham outros parentes dela.
Vamos conversar com a delegacia da mulher e saber do estado físico do suspeito que passou o tempo todo com a faca do crime apontado para a sua barriga, sempre ameaçando se matar, mas não concluiu a ameaça e os policiais sempre tentando convencer o homem a não cometer o suicídio, dando garantias a todo o tempo para a sua rendição. Mas a prisão só houve com a invasão do local, tendo a participação do BOPE pernambucano.