De agoraPolítica
#Revogajá: audiência pública na Alepe debate revogação de decreto da criação da reserva silvestre Tatu Bola
São mais de 110 hectares de reserva ambiental que vêm impactando de forma negativa a vida dessa população nas áreas atingidas em Lagoa Grande, Petrolina e Santa Maria da Boa Vista.
Uma comitiva com mais de 40 ônibus seguiu para o Recife levando representantes da população nativa de comunidades situadas em 110 hectares, tamanho destinado à reserva silvestre ambiental Tatu Bola. A área atinge comunidades de agricultores e moradores nas cidades de Lagoa Grande, Petrolina e Santa Maria da Boa Vista, no sertão do São Francisco que estiveram na Assembleia Legilsativa de Pernambuco em audiência pública com um único objetivo: encaminhar a revogação do decreto estadual que criou a reserva.
O embate reúniu a população nativa, deputados, prefeitos e governo de PE, entre outros convidados para buscar uma saída de um impasse que se arrasta desde 2015 e a situação da população só piora. Presente no debate, o deputado federal Lucas Ramos, PSB, votado na região, frisou que pretende levar a demanda para a Câmara dos Deputados e até para o presidente Lula com vistas a buscar uma solução de um problema que tem tirado de fato o sono do povo que depende de suas terras e não pode se sustentar pela série de proíbições impostas pela reserva silvestre.
“Vamos juntos, revogar já e essa será uma pauta que levarei para a Cãmara dos Deputado e fazer chegar ao presdiente Lula para juntos conseguir essa mudança para que vocês voltem a poder usufruir de forma correta como sempre foi, de suas terras”, disse Lucas.
O prefeito de Lagoa Grande, Vilmar Cappellaro, MDB, é defensor de resolver a questão para facilitar a vida da população. Dos 110 hectares, a reserva tem maior expansão dentro do município lagoagrandense.
“Esse encontro demonstra a grandeza e a preocupação que temos com esse fato. Estamos sentindo a sensibilidade do governo do estado em bsucar resolver e por isso estamos aqui, buscando as pessoas que podem interceder em achar um caminho junto com os produtores, mais de 1500 pessoas vireram representar mais de 3 mil agricultores atingidos por essa reserva”, disse Vilmar. O prefeito de Santa Maria da Boa Vista, George Duarte, PP, também participou da audiência.
A diretora de políticas agrárias e de meio ambiente da Fedeeração dos Trabalhadores da Agricultura de Pernambuco (Fetape) levou seu recado que foi reforçado pelo presidente da Ascampe, Adenilson Leal, que reune a população atingida pela reserva. Em pronunciamento, Adenilsonm reiterou a importância na defesa da revogação urgente do decreto.
“O deputado Luciano Duque, autor dessa audiência, esteve duas vezes em nossas comunidades e se dispôs a nos ouvir e foi isso que pedimos desde o começo da criação da reserva, que nos ouvissem. Fizeram sem consultar a população nativa e hoje o sofrimento é grande desse povo”, pontuou Adenilson.
Esiveram presentes ainda os vereadores de Petrolina: Maria Elena de Alencar, União; Samara da Visão, PSD e Elismar Gonçalves (sem partido); as vereadoras de Lagoa Grande Edneuza Lafaiete, Rosa de Erasmo e Lindaci, que também reforçaram o grito #revogajá para o decreto da reserva silvestre tatut bola.
AUTOR DEFENDE DEBATE
O deputado estadual Luciano Duque, do Solidariedade, autor da solcitação para a realização da audiência pública, está desde o começo da luta apoiando os agricultores e suas famílias. Levado a essa pauta pela vereadora de Lagoa Grande, Edneuza Lafaiete.
“Estamos acompanhando de perto essa situação. Sabemos que para descontruir a reserva, temos que apresentar um novo estudo. Eu tenho certeza absoluta que o governo do estado, a governadora, secretaria de Meio Ambiente e a CPRH, não vão nos faltar. Então com muito equilíbrio e com muita responsabilidade, eu venho aqui hoje dizer que nós vamos sim levantar a bandeira de vocês. Se for necessário de fato a revogação, será feito, será apresentado aqui nesta Casa e vamos sim, juntos, construir um modelo que vise a permanência desses agricultores em seus territórios”, discursou Duque.
Também autor da audiência pública, o deputado estadual Doriel Barros, PT, que conhece bem a luta do homem e da mulher do campo, pois presidiu por muitos anos a Fetape, frisou que essa foi uma decisão tomada sem ter o minimo de diálogo com a população das áreas atingidas pela reserva.
“Faltou compromisso do governo naquele momento, porque pelo que está colocado, um refúgio de vida silvestre, ela por si só não se sustenta porque o que nós queremos é assegurar dignidade e cidadania para o nosso povo e o primeiro passo é o revoga já como todos vocês estão colocando”, acrescentou o parlamentar.
Outros deputados prestigiaram a discussão como Jarbas Filho, MDB, e Socorro Pimentel, União, que tem eleitores também nessas cidades atinidas pela reserva silvestre.
Por Cinara Marques, redação Tribuna Nordeste