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Secretária de saúde disse que fila de consulta é um problema nacional e que Petrolina não estar fora dessa realidade
Declaração de Magnilde Albuquerque durante apresentação da pasta que deve apresentar, conforme a lei, esse relatório de gestão fiscal a cada quadrimestre.
A secretária municipal de Saúde em Petrolina, no sertão pernambucano, Magnilde Albuquerque, fez nesta quinta-feira, 12, a prestação de contas da pasta, apresentando o relatório fiscal do último quadrimestre. Para um plenário com poucos vereadores, até mesmo da bancada governista, e uma platéia também menor, Magnilde explicou cada resultado e disse que fecha os números gerais da pasta no próximo relatório quadrimestral.
“Esse foi o terceiro relatório quadrimestral com todos os números que saúde construiu em todas as suas unidade de saúde. Tivemos vários avanços desde 2017. Vamos fechar os avanços mais recentes no último relatório do quadrimestre! que fecha o nosso ano de trabalho”, salientou a secretária.
Sobre os números que a secretária citou alguns como as cerca de 1700 novas cirurgias ambulatoriais realizadas, unidades de saúde implantadas, CEO tipo 3 e Caps AD3 implantados e convocação dos concursados.
Ela reafirmou que as unidades não têm necessidade de médicos, apesar da população cobrar médios em algumas das unidades via reclamações em veículos de comunicação.
“As unidades estão completas e iniciamos a chamar os aprovados no último concurso, inclusive médicos. Chamamos 24 agentes de saúde e 48 atentes d endemias e outros números de psicólogos, dentistas e outras áreas.
Sobre novas unidades com Programa de Saúde da Família, Magnilde informou que só pode haver aumento com uma resolução do Ministério da Saúde que uma equipe passa a existir dentro do mapeamento para cobrir até 4 mil famílias em cada área mapeada. Petrolina não está 100% coberta, segue o BGE de 2010 e mudanças só após o novo censo.
“Estamos ainda seguindo o último censo de 2010. A gente coloca para o Ministério da Saúde as nossas necessidades que aprova ou não nesta questão das novas equipes”, acrescentou.
O aumento da demanda foi a justificativa usada pela secretária para explicar o acúmulo de exames e sinalizou que haverá mudanças para melhorar. Conforme Magnilde, os exames ambulatoriais, poderá ser entregue em 60 dias. “Os casos mais urgentes, a gente prioriza”, complementou.
“Iniciamos a gestão com um acúmulo de 75 mil exames e priorizamos zerar essa fila até organizar o sistema, inclusive cirurgias que eram aguardadas há 3, 4 anos”, relatou a secretária.
Sobre consultas, a defasagem da tabela do SUS para cada consulta está subfinanciando, quando o valor pago para um médio para uma consulta chega a R$ 10,00. “Esse é um momento constantes nas reuniões do conselhos de secretários municipais para avançarmos e atender melhor aos usuários que aumento, pois muitos que antes usavam plano de saúde com a crise econômica, migraram para o sistema público”, finalizou a secretária Magnilde Albuquerque.
VEREADORES
Durante a audiência de apresentação do balanço da gestão fiscal, os vereadores fizeram questionamentos à secretária. A vereadora Maria Elena de Alencar que integra a bancada do governo na Casa Plínio Amorim, cobrou mudanças com relação aos atendimento.
“Uma secretaria de saúde não pode só viver de mutirões. Temos unidades como nas regiões de bairros como José e Maria, Areia Branca, Dom Avelar, onde a demanda é de 400 a 500 pessoas para apenas 70 fichas por consulta. Então, sou governo, mas não vou maquiar nenhum problema principalmente no tocante à saúde”, declarou a vereadora.
O vereador Manoel da Acosap foi outro governista a registrar a insatisfação com a pasta comandada por Magnilde. Ele não gostou quando a secretária fez críticas aos servidores efetivos da secretaria, lembrou que comanda uma entidade com cerca de 500 servidores (ACOSAP) que cumprem com muito profissionalismo a sua função que são os agentes de saúde e de endemias.
Pela oposição, as falas dos vereadores Gabriel Menezes e Paulo Valgueiro registraram as falhas nas unidades básicas. Gabriel fez um apelo para que a secretaria municipal de Saúde observasse o caso de uma paciente que teria tido filho e vem encontrando dificuldade para acompanhamento pós parto.
Paulo Valgueiro sugeriu que a secretária promovesse uma maior valorização dos servidores efetivos para que o atendimento na saúde pública tivesse uma percepção melhor da população.
Por Cinara Marques
Redação Portal Tribunna/Notícias do Legislativo