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“Só pensei na minha mãe, na minha namorada e na minha vida”, disse o jornalista ameaçado pela deputada bolsonarista, Carla Zambelli com arma em punho

#tribunanordestedeolhoem2022

O jornalista Luan Araújo, que foi ameaçado pela deputada bolsonarista Carla Zambelli (PL) com uma arma neste sábado (29) em São Paulo, desmentiu a versão de que ele a teria empurrado e afirmou que discutiu com ela “não como alguém do PT, mas como um cidadão negro comum”, em entrevista à Folha de S. Paulo.

Araújo relata que voltava de um chá de bebê com amigos quando viu Zambelli pedindo votos em Tarcísio de Freitas (Republicanos) ao recepcionista de um bar. O jornalista, então, provocou a deputada e a discussão começou.

Conforme os ânimos se exaltavam, ele disse “te amo, espanhola”, em referência a uma fala do senador Omar Aziz (PSD-AM) durante discussão com a parlamentar na CPI da Covid. Tal frase seria alusão a uma desconfiança de Jair Bolsonaro (PL) de que Zambelli teria trabalhado como prostituta quando esteve na Espanha.

Após tal provocação, a deputada bolsonarista sacou a arma e começou a correr atrás de Araújo, tendo chegado a disparar um tiro.  “Eu fiquei realmente assustado e comecei a sair correndo porque eu comecei a temer —não ser preso, porque eles não são policiais, mas pela minha vida. Eu ouvi um tiro e não sei se passou perto da minha perna, mas eu senti a bala chegando perto. E saí correndo do bar. Eles tentaram me colocar no chão, como se fossem policiais mesmo”, relatou o jornalista.

“Eu falei: ‘você não é policial, eu não vou ficar no chão para você’. Aí começou um bate-boca muito grande e ela disse que ia chamar a polícia”, acrescentou. Ele acabou pedindo desculpas para poder ser liberado por seus intimidadores.

“O susto que eu passei hoje foi enorme. Eu pensei na minha mãe, que é sozinha. Eu sou preto, eu sou periférico, da zona leste de São Paulo. Eu pensei muito na minha namorada. Eu pensei muito na minha vida e eu acho que a gente está em uma situação extrema, não é uma situação normal. Não é uma situação saudável.”

Por fim, Araújo negou que tenha agido em nome do PT ou de qualquer autoridade: “Fui eu como um cidadão negro que discuti com ela. Não foi ninguém, não foi PT. Fui eu, um cidadão comum.” (COM BRASIL 247)

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Cinara Marques

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