Cinara Marques, do Portal Tribunna
Eles caíram em campo em busca de votos dos petrolinenses e sertanejos numa tentativa de chegar à Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Se dividiram (menos a vereadora Cristina Costa, do PT, que optou por se licenciar para a campanha), entre as atividades da corrida eleitoral e as pautas das sessões legislativas da Câmara de Vereadores de Petrolina, sertão do São Francisco. Três vereadores e uma vereadora, afirmam que saem da disputa com a sensação de missão cumprida.
Alguns já pensam na reeleição para a Casa Plínio Amorim, afinal, 2020 é logo aí, menos o vereador Gabriel Menezes, PSL, que desde que assumiu avisou que não concorreria à reeleição para o legislativo do principal colégio eleitoral do sertão pernambucano.
Para o vereador Osinaldo Souza, PTB, agora o momento é de agradecer os votos recebidos, mesmo sem saber quantos teve, devido o processo que ele move no Tribunal Superior Eleitoral para garantir a liberação de sua votação, contabilizada em separado pela justiça eleitoral. O Tribunal
Regional Eleitoral (TRE), cassou seu registro e ele recorreu ao TSE, mas a decisão não saiu a tempo da votação. O TRE alega que o vereador que também é servidor de carreira do INSS, teria descumprido o prazo para se licenciar da função e assim, entrar na campanha. Osinaldo discordou e recorreu.
“Mesmo não sendo capaz de avaliar tudo agora, por terem espalhado que minha candidatura havia sido indeferida, cerca de 15 dias antes da eleição e isso se espalha rápido na mídia social, não dá pra fazer uma avaliação que você tiraria de votos, porque foram apurados à parte. Ainda não sei quando nosso recurso será julgado, mas de toda forma, já fomos prejudicados. Entretanto, agradeço o respaldo e o voto de confiança de Petrolina e de Pernambuco”, assinalou Osinaldo que agora vai preparar a sua reeleição.
“Continuaremos firmes no nosso mandato que o povo nos confiou e preparar para a reeleição para que ela seja bem sucedida. Vamos trabalhar para ter uma votação expressiva. O povo sabe do nosso trabalho
e vamos agora para 2020”, acrescentou Osinaldo Souza.
Para o colega de parlamento, vereador Cícero Freire, do PR, o saldo é positivo, pois ajudou a eleger o deputado federal Sebastião Oliveira,presidente estadual da legenda, com pouco mais de 500 votos sem que ele nem se quer “viesse aqui”.
“Eu fui convidado de última hora pelo nosso presidente Sebastião Oliveira para ajudar o partido. Fomos em busca dos votos, apoiamos com a família, com os amigos, sem condição financeira, mas sou de partido e sei que Sebastião nesse novo mandato, ajudará ainda mais a nossa cidade”, considerou Cícero.
A petista Cristina Costa avaliou os mais de 11 mil votos como uma vitória, pois foram muitos os obstáculos nesta primeira disputa estadual. Ela reclamou em vários pontos da condução do partido com as candidaturas do PT em Petrolina, alega que a partilha do fundo partidário não foi feita de forma igual, mas a votação lhe respalda, porque ajudou o partido a eleger três deputados estaduais, dois federais e ainda ficando com a primeira suplência com a ida de João da Costa para a Câmara do Recife no lugar de Marília Arraes que vai para Brasília e com quem Cristina fez dobradinha para a Alepe.
“Diante da dificuldade financeira, não foi isso que se tornou obstáculo. Tive muita gente me chamando, me fortalecendo e muita gente aguerrida comigo. Saímos fortalecida.Vi que ainda existe eleitores que votam pelo trabalho”, contou.
Tendo eleitores dela que votaram no deputado estadual Odacy Amorim que concorreu à Câmara Federal e ficou como primeiro suplente, apesar de ser o mais votado em Petrolina, Cristina descorda que sua votação, tenha passado pelos votos do colega petista.
“Eu tenho certeza que a votação de Odacy não me ajudou, até porque a dobradinha dele foi com a esposa, Dulcicleide Amorim. Muita gente votava em Odacy e em Cristina pelo trabalho da vereadora Cristina Costa. De minha parte tive a ética profissional de respeitar os colegas que apoiaram Odacy”, declarou a petista.
Gabriel Menezes, vereador do PSL, também saiu-se bem, mas apesar de obter mais de 14 mil votos não logrou êxito em sua postulação à Alepe. Ele tem dito em entrevistas e em suas redes sociais, que foram votos dados baseados no seu trabalho desde que assumiu o primeiro mandato de vereador ano passado.
“São votos de reconhecimento ao nosso trabalho que enfrentei numa candidatura sem recursos, tendo dia que ficávamos sem realizar as atividades da campanha porque não tínhamos combustível. Foi um resultado que coroa essa nossa postura de estar sempre ao lado do povo e defender Petrolina, acima de tudo”, declarou Gabriel.
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