BASTIDOR – Gabriel Menezes:“O Bolsonaro que votei era muito diferente desse que está aí no governo”

Vereador não acompanha Jair Bolsonaro na posição do governo federal em bloquear recursos paras as instituições públicas federais de ensino superior. Bolsonaro teve forte apoio de Gabriel para sua votação em Petrolina, contabilizadas em cerca de 50 mil, mas parece que os caminhos de ambos seguirão em rumos diferentes.

Por Cinara Marques – Coluna BASTIDOR – Portal Tribunna

Com um discurso altivo e sem meio termo, o vereador Gabriel Menezes (PSL), foi contundente e bem ao seu estilo, tachou:”Não como algaroba de contingenciamento e sim de cortes”.

Gabriel fez essa declaração como um dos oito vereadores presentes à audiência pública anteontem, dia 3, na Câmara de Petrolina, no sertão do São Francisco que tratou dos cortes de verbas federais nas universidades e institutos federais, proposta pelos vereadores José Batista da Gama, PDT e Cristina Costa. PT.

O discurso do oposicionista contra a medida do governo, evidencia que os caminhos dele e de Bolsonaro, têm sido cada vez mais distintos desde que o presidente indicou o senador Fernando Bezerra Coelho, MDB, para ser líder do governo no Senado. Gabriel é adversário de primeira hora do grupo político do senador e do filho, o prefeito Miguel Coelho a quem combate como integrante da bancada de oposição na Casa Plínio Amorim.

Segundo o vereador, não se pode penalizar e generalizar os erros. “A Universidade Federal foi um sonho realizado por todos. Eu não sou um teleguiado porque votei em Bolsonaro. Sou contra sim essa política de cortes. Espero que o governo reconheça que errou. E como já recuou em outros momentos que recue nessa questão também”, frisou Gabriel

 Gabriel questionou sobre o impacto nos cortes e demonstrou receio dessa redução de recursos, deixar ainda mais complicada a situação do Hospital Universitário da Univasf. Ele colocou essa sua preocupação para o reitor da instituição, professor Julianelli Tolentino que por enquanto descartou alguma consequência do corte no hospital.

Outro ponto destacado por Gabriel Menezes, diz respeito a Univasf não disponibilizar as cotas regionais para beneficiar alunos da região com mais vagas. “Essa sim seria uma decisão de grande impacto e de forma positiva”, concluiu Gabriel.

FOTOS: JEAN BRITO