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Desrespeito, desmonte e tentativa de sucateamento do Governo Bolsonaro com as universidades federais, permanece em 2020

O PORTAL TRIBUNNA vai mostrar as consequências desse desmonte e sucateamento das instituições públicas de ensino superior, praticados pelo atual governo federal, na série de reportagem intitulada 'Somos universidade pública, somos NE', focando a situação da atual política do governo nas universidades federais nordestinas. Hoje, destacamos reportagem do Jornal e Portal BRASIL DE FATO que aborda as consequências desse descaso na UFBA, Universidade Federal da Bahia que é uma das mais importantes do país

Nessa reportagem, o PORTAL TRIBUNNA repercute as consequências da política equivocada de Jair Bolsonaro e sua trupe com o ensino público superior no Brasil. Repercutirmos a reportagem do portal e jornal BRASIL DE FATO que destacou a situação dramática da UFBA (Universidade Federal da Bahia), um das mais importantes do país.

Essa tentativa de desmonte do atual governo brasileiro com as universidades, foi iniciada com o bloqueio de 30% do orçamento no ano passado. Continua com a redução de 5% no orçamento das instituições em 2020, tendo um único intuito: o sucateamento das universidades públicas federais brasileiras.

A Univasf que tem sua reitoria em Petrolina, no semiárido nordestino e maior cidade do sertão pernambucano, também integrará nossa reportagem especial sobre o desmonte que promove Governo Bolsonaro nas universidades federais. (Foto:divulgação)

Após o feriado, vamos ampliar nossa reportagem e abordar essa falta de noção do governo na política apresentada para as universidades federais, abordando a situação nas demais federais do Nordeste.

Vamos iniciar com a Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) que atua em PE, BA e PI, e tem enfrentado esse desmonte que vai de encontro ao Plano Nacional de Educação que prevê aumentos sucessivos de investimentos na educação pública superior e não o contrário como vem sendo a prática do atual governo federal desde que tomou posse em janeiro de 2019.

Acompanhe a reportagem do BRASIL DE FATO sobre a tentativa de sucateamento na UFBA:

Em 2019, o anúncio, feito pelo Ministério da Educação, do corte de 30% nas verbas das Universidades Públicas desencadeou uma onda de protestos em todo o país; a intensa mobilização da sociedade foi capaz de, enfim, reverter essa medida, já no fim do ano.

As consequências, porém, dos meses de asfixia financeira permanecem e, ao que indica, serão agravadas com novos bloqueios em 2020. No dia 28 de janeiro, a Universidade Federal da Bahia (UFBA) publicou nota informando que o orçamento previsto para a instituição esse ano (R$ 162.375.657,00), é 5% menor do que o do ano passado – é o menor valor em termos absolutos – isto é, sem considerar a inflação do período – desde 2017.

Ainda, cerca de 30% dele está sujeito a ser bloqueado, da mesma forma que ocorreu em 2019, com o agravante de que não há garantia da manutenção dos recursos para a assistência estudantil.

“É, portanto, um engano pensar que o desbloqueio do orçamento, no ano passado, significava que os problemas da Universidade estivessem resolvidos. É bem o contrário disso”, declara, na nota, o pró-reitor de Planejamento e Orçamento da Universidade, Eduardo Mota.

CORTES SISTEMÁTICOS

A defasagem do orçamento – que diminui ao invés de aumentar, como seria adequado à expansão da Universidade de acordo com o Plano Nacional de Educação – e os sucessivos bloqueios comprometem a organização e o equilíbrio orçamentário da Universidade.

Medidas emergenciais de economia estão sendo tomadas – a UFBA, no momento de recesso letivo, funciona em horário reduzido, das 7h30 às 13h30, dificultando, por exemplo, o bom andamento de experimentos e pesquisas que não podem ser encaixados em “horário comercial”.

Ainda, a situação atingiu o setor de trabalhadores e trabalhadoras terceirizados, que ocupam, especialmente, funções de vigilância, portaria e limpeza. Após meses de incerteza, agora em janeiro, a empresa Liderança, que presta os serviços de limpeza da UFBA, demitiu cerca de 200 trabalhadores.

A justificativa, foi a mudança da metodologia de medição das áreas a serem limpas. O resultado é que, quem fica, acaba tendo uma carga de trabalho maior. Em algumas unidades, a situação é ainda mais delicada, como no caso da Creche da UFBA, que atende bebês a partir de seis meses até crianças de quatro anos e tem especificidades quanto ao espaço e necessidade de limpeza.

Não é somente a falta de dinheiro que tem afetado as Universidades. Há outras medidas que, embora não tenham despertado tanta atenção, são igualmente graves para o funcionamento das instituições e para a vida da sua comunidade.

Uma delas, foi a Portaria 2.227/19, que limita o deslocamento de pesquisadores, inclusive para participar de congressos e apresentar trabalhos científicos. A SBPC – Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência enviou uma carta ao MEC, subscrita por mais de 60 entidades científicas, destacando como a Portaria “inibe a interação entre os pesquisadores brasileiros, prejudica a internacionalização e o protagonismo da ciência e da tecnologia nacionais”.

Outra questão ainda mais dramática é a suspensão da nomeação de professores e servidores técnicos-administrativos, expressa no Ofício-circular nº 1/2020/CGRH/Difes/Sesu/Sesu-MEC, de 08 de janeiro.

No documento o MEC, na prática, proíbe a contratação de pessoal, mesmo aqueles já aprovados em concurso.

Por Cinara Marques – Portal Tribunna 

Com Portal e Jornal Brasil de Fato

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Cinara Marques

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1 pensou em “Desrespeito, desmonte e tentativa de sucateamento do Governo Bolsonaro com as universidades federais, permanece em 2020”

  1. Parabéns presidente Bolsonaro, o senhor está no caminho certo. A autonomia dessas universidades precisa acabar. Felizmente tive o privilegio de cursa uma pos-graduação em uma dessas instituiçōes e presenciei o método educativo, a maioria dos servidores só se importam com seus salários e benefícios. Os alunos não podem reclamar de nada, caso contrário, são reprovados “sem mais nem menos”.

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