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Em sessão da Câmara, vereadora Samara da Visão apresenta requerimento sobre denuncia de perseguição política ao Papa de Petrolina
José Edimir Sinésio, o Papa de Petrolina, é vendedor ambulante, acredita estar sofrendo perseguição política de integrantes da atual gestão municipal por ter sido proibido de vender seus produtos no seu espaço de trabalho, sem justificativa aparente. Há mais de dois meses que ele vai em busca de uma solução na Prefeitura, mas até agora, nada.
Uma situação que até tachada de pequena foi na sessão desta quinta-feira, 20, da Câmara de Vereadores de Petrolina-PE, pelo líder do governo, vereador Ronaldo Silva (DEM), mas que para quem está passando pelo problema sem respostas, se torna enorme.
É o que vem ocorrendo com o vendedor ambulante José Edimir Sinésio, conhecido por todos como o Papa de Petrolina por ser parecido com o Papa João Paulo II e vestir o personagem há muitos anos.
Ele alega que desde o começo do ano que tenta retomar sua venda ambulante num local do Centro da cidade, mas sua via crucis tem sido em vão. Do vice-prefeito, Simão Durando (DEM), ao secretário de Desenvolvimento Urbano, Emício Júnior ao titular da pasta de Segurança Pública e Ordem Pública, Cícero Dirceu e ao chefe de gabinete, Rodrigo Galvão, o Papa buscou respostas e nada.
Ele acredita estar sendo perseguido politicamente. O Papa de Petrolina informa que acompanhou o grupo do prefeito Miguel Coelho (MDB) e do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB), por mais de 30 anos, mas rompeu em 2019.
Ano passado, o Papa recebeu o convite do ex-prefeito Julio Lóssio (PSD) e passou a integrar sua base política na cidade, se candidatou a vereador e este enredo por ser o motivo, acredita ele, da perseguição que alega estar sofrendo.
“O que eu estranho e acredito que a colocação do vereador Ronaldo Silva foi infeliz ao dizer que isso era uma coisa pequena para trazer para a Câmara. Pode ser pequena para ele proibir um pai de família trabalhar para o seu sustento, para mim não é. E falaram que me ofereceram dois locais para eu trabalhar, isso é mentira. Quem falou, faltou com a verdade. Passei 40 minutos na secretaria e nenhuma vez me ofereceram nada. Claro que nunca vão dizer que é perseguição política, mas não vejo outro motivo. Podem até me proibir de trabalhar, mas não vão me impedir de exercer minha cidadania e falar para Petrolina e para o mundo o que eu tenho passado”, detalhou o Papa de Petrolina.
REQUERIMENTO
A vereadora Samara da Visão (PSD) que integra a bancada da oposição na Casa, saiu em defesa do Papa e apresentou requerimento na sessão desta quinta, o qual foi aprovado, solicitando informações e uma solução para o caso do vendedor ambulante estar sendo impedido de exercer sua atividade profissional.
“Solicito o seguinte pedido de informações, porque o Senhor José Edimir Sinesio, mais conhecido na região como o Papa, comerciante informal autônomo, trabalha vendendo imagens de santos de borracha, o mesmo utiliza o espaço da Rua Souza filho, porém não são todos os dias (2 ou 3 dias), e o mesmo foi “proibido” de vender pelos fiscais da prefeitura municipal”, diz o texto do requerimento da vereadora.
O requerimento foi subscrito pelos vereadores Maria Elena de Alencar (MDB), Rodrigo Araújo (Republicanos), Gilmar Santos (PT), Elismar Gonçalves (Podemos) e Marquinhos do N-4 (Podemos), líder da oposição.
Ouça abaixo no podcast NORDESTE EM PAUTA a entrevista completa do Papa de Petrolina sobre o problema. Confira:
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