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Estudo resgata o melão dentro de um projeto de diversificação de culturas e da rota China/Shanghai para o mercada exportador da fruticultura do Vale do São Francisco

É o Projeto Conexão Vale do São Francisco-Shanghai - Estruturação da Cadeia Produtiva do Melão, iniciativa de pesquisadores, produtores, empresas de pesquisas, instituições e entidades de interesse da produção da fruticultura nacional como a Abrafrutas.

Por Agro Tribuna NE

Um estudo coordenado pela GR Cidades Planejamento em Gestão Estratégica para atender a cadeia produtiva da fruticultura do Vale do São Francisco, visa buscar caminhos para a diversificação da produção da fruticultura da região, focando a produção do melão que deve ganhar um novo protagonismo neste mercado produtor.

A fruta já foi a número 1 em destaque no polo irrigado banhado pelo Rio São Francisco, especificamente em Juazeiro, na região norte baiana. O projeto conta com o acompanhamento de perto de produtores, entidades ligadas a cadeia produtiva da fruticultura como a Abrafrutas – Associação Brasileira dos Produtores de Frutas que tem como presidente, o petrolinense e produtor, Guilherme Coelho, além de instituições e empresas de pesquisas.

O Projeto Conexão Vale do São Francisco/Shanghai – Estruturação para a cadeia produtiva do melão –  propõem este novo momento do melão no Vale, com novas perspectivas produtivas e uma nova rota de exportações com foco no mercado chinês e os olhos voltados para Shanghai.

“A região do Vale do São Francisco é um dos maiores ,’case’ de sucesso na área de fruticultura irrigada no país e em virtude disto possui toda uma gama de instrumentos e instituições voltadas para suporte tecnológico e de suporte ao segmento do agronegócio. A sua área irrigada possui mais de 60 mil hectares, potencializada pelas condições do Rio São Francisco”, aponta um dos responsáveis pelo estudo, o economista Geraldo Júnior, mestre em Economia Rural e Regional, um dos especialistas responsáveis pelo estudo e sócio-diretor GR Cidades que realizou o estudo de viabilidade, fundamentado no projeto.

Segundo Geraldo, o Brasil possui uma enorme diversidade produtiva de melão, e quando se trata da região Nordeste, 4 estados produzem o fruto: Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Ceará.

“A região já possui um expertise na produção tanto com o olhar para o mercado interno como também para o mercado externo. Assim, além dos aspectos relativos a segurança sanitária que são extremamente necessários possuímos uma enorme tradição cultural e produtiva na cultura do meloeiro”, acrescenta Geraldo..

Na região, dois fatores fundamentais contribuem pela concretização desta nova perspectiva produtiva que é água e sol em praticamente todo o ano.

“Além disso possuímos as condições de suporte tecnológico e logístico que possibilita termos competitividade a nível global”, destacou Geraldo Júnior.

Para o executivo da GR Cidades. “como estamos falando de uma cultura de ciclo curto existe um potencial enorme de ampliação da área produtiva num curto espaço de tempo, de forma que seja possível ampliar a demanda advinda desse novo mercado consumidor”, apontou.

No projeto, são destacadas as variedades com potencial produtivo e exportador. O Brasil possui uma grande quantidade de variedades que podem fazer parte do processo de comercialização com os chineses. Porém, esse processo exigirá a necessidade de estudar e entender os gostos dos consumidores e quais as variedades que mais possuem potencial de consumo no mercado.

“Vale salientar que o gosto de consumo muda devido a uma série de fatores e para isso será importante entender essa dinâmica. .Aliado a isso teremos que visualizar as condições que viabilizam a operação em termos de custos operacionais e logísticos. .Assim, as variedade que, à princípio, se enquadram nestas condições são:  Pele de Sapo, Orange, Gália e Gladial F1”, acrescentou Geraldo Júnior.

Para a bióloga Denise Lima, também integrante do projeto, um dos fatores importantes para a realização das exportações de frutas, além da certificação ambiental das empresas, é a questão fitossanitária, o atestado de saúde das frutas e do campo de produção.

“No caso da China, o protocolo exige área livre para algumas pragas e doenças, então de mim, enquanto bióloga, cabe mais um suporte a essas questões burocráticas e fitossanitárias”, assinalou a bióloga.

LIVE

Nesta segunda, 5, Geraldo e Denise são os convidados da série LIVE TRIBUNA NE ENTREVISTA no canal do instagram do Portal Tribuna Nordeste através do perfil @portaltribunna. Os especialistas vão dá mais detalhes do projeto e os próximos passos da iniciativa. A LIVE começa às 19h.

 

 

 

 

 

Cinara Marques/Portal Tribuna NE

 

 

 

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Cinara Marques

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