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VÍDEO: Vereador Manoel da Acosap mente sobre piso nacional do magistério quando diz que não foi implantado pelo Governo Lula

Coluna BASTIDOR por Cinara Marques

O poder da mentira

Vamos iniciar esse post com esse trecho de um artigo sobre como a mentira desinforme e deseduca:

Estudos de universidades Oxford (Reino Unido) e a MIT (EUA) já comprovaram que os usuários se engajam, promovem e viralizam mais fake news do que temas reais. E o pior, boa parte das pessoas sabe que são falsas, mesmo assim, compartilham. As notícias falsificadas ou deslocadas estão cada vez mais sofisticadas, revestidas de um “rosto” amigável e bem produzidas, tendo como base conteúdos explosivos e polêmicos. Se utilizam das disputas ideológicas e as assimetrias culturais, sociais e econômicas para se propagar. A pós-verdade impera. Transformam a opinião em verdade. E se discordar, invoca-se a liberdade de expressão.

Para tentar imunizar  população desse mal, cabe a quem produz fatos e não fakes, esclarecer o assunto com a verdade. E vamos aqui desmentir o vereador Manoel da Acosap, do União Brasil, que em entrevista na sala de imprensa da Câmara, nesta terça, 9, após a aprovação do piso dos agente comunitários de saúde e de endemais de Petrolina, saiu com uma desinformação de que o piso do magistério não teria sido implantado pelo Governo Lula, mas no Governo FHC.

Discordamos de imediato, mas ele insistiu na fake news. Diante da insistência do parlamentar em querer manter a mentira, fomos buscar o fato sobre esse tema trazido pelo governista para que quem ler ou acompanha o jornalismo do TRIBUNA NORDESTE fique ciente que aqui a verdade sempre prevalece.

Confira abaixo no vídeo a declaração de Manoel da Acosap e logo depois a verdade o piso do magistério.

 

VERDADE SOBRE O PISO NAACIONAL DO MAGISTÉRIO

Não se sabe se por desinformação ou por conhecer a verdade e querer confundir simplesmente por conivência política, mas ao contrário do que afirmou o vereador Manoel da Acosap, o piso nacional do magistério foi implantado em 2007 no governo do ex-presidente e atual candidato a presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O projeto original teve como autor o ex-senador Cristovam Buarque que deu entrada no texto em 2006 e o governo federal anexou a proposta ao projeto original, encaminhando ao Congresso Nacional em 2007, quando foi aprovado, fruto de uma luta histórica da categoria que aguardava o piso da categoria desde 1994 quando foi firmado um pacto pela valorização do magistério ainda no então governo de Fernando Henrique Cardoso, mas o piso só veio  ser realidade em 2007 quando Lula presidia o país.

Confira:

Reivindicação histórica dos professores da rede pública da educação básica, a definição do piso salarial nacional representa o resgate do pacto nacional pela valorização do magistério e qualidade da educação. Assinado em 1994, por representantes do Ministério da Educação e dirigentes de entidades educacionais, o pacto previa um salário mensal de R$ 300, em valores de julho daquele ano.

Em março de 2007, a proposta de piso salarial para os professores foi encaminhada pelo governo federal, em forma de projeto de lei, à Câmara dos Deputados. O projeto, de nº 619/2007, foi anexado ao de nº 7.431/2006, de autoria do senador Cristovam Buarque (PDT-DF), que já tramitava no Senado Federal.

Lula, ao lado do então ministro da Educação, Fernando Haddad, sanciona a lei do piso nacional do magistério (foto divulgação)

Em julho de 2008, o ex-presidente Lula sancionou a nova legislação que passou a valorizar o profissional de educação. O valor integral do piso passou a ser obrigatório em 2010, também, a partir de reajustes anuais.

De julho de 2008 a janeiro de 2010, prefeitos e governadores tiveram que  promover ajustes na estrutura administrativa para conseguir pagar o valor total do piso.

Os entes federados que comprovarem insuficiência de verba para oferecer os reajustes, passaram a receber a complementação da União com recursos do Fundo da Educação Básica (Fundeb).

O novo piso é destinado aos profissionais do magistério público da educação básica: aqueles que desempenham as atividades de docência ou as de suporte pedagógico à docência, isto é, direção, administração, planejamento, inspeção, supervisão, orientação e coordenação, e que estejam em exercício. (fonte: Portal do Desenvolvimento da Educação/MEC)

VALOR ATUAL

Com Lula e Dilma à frente do governo federal, o piso salarial nacional aumentou 78,7% desde que foi criado, com ganho real de 35,5%. Em 2022, o governo federal anunciou, por força de lei, o reajuste do piso nacional do professor para R$ 3.845,63 aumento de 33,24% em relação ao praticado em 2020.

Lembrando que em 2021 o governo Bolsonaro congelou o reajuste do piso. (Por Cinara Marques/Coluna BASTIDOR)

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Cinara Marques

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