Qual será o perfil da próxima legislatura da Alepe? O Tribuna Nordeste mostra

Por Notícias do Parlamento – Os mais de 5,7 milhões de eleitores que foram às urnas em Pernambuco, no último domingo (2), definiram os 49 parlamentares que atuarão na Alepe nos próximos quatro anos.

A partir de 2023, o Legislativo Estadual terá um menor número de partidos e menos participação feminina em relação a 2018.

Renovação

Ao todo, 25 deputados foram reeleitos, o que representa uma renovação de 49% dos membros. O número é próximo ao verificado nas últimas eleições, quando a recondução foi alcançada por 24 parlamentares.

Participação feminina

Embora o pleito deste ano tenha entrado para a história por garantir, pela primeira vez no Estado, a eleição de uma governadora e eleger a primeira senadora que é a atual deputada estadual, Teresa Leitão, do PT,, houve redução no número de mulheres na Alepe.

A atual bancada de 10 deputadas – a maior da história da Alepe desde a eleição de Adalgisa Cavalcanti, em 1945 – reduzirá para seis em 2023. O número representa 12,2% de participação feminina no Parlamento pernambucano.

Raça e escolaridade

Entre os parlamentares eleitos, 32 declararam ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ser brancos; 12, pardos; e cinco, pretos. Sobre a escolaridade das deputadas e deputados estaduais, 30 possuem o Ensino Superior completo e outros seis, Superior incompleto. Concluíram o Ensino Médio 11 deles e dois possuem Ensino Fundamental completo.

Partidos

Se a atual legislatura foi formada por 19 partidos diferentes, a partir de 2023 serão 12. A bancada do PSB, partido do governador Paulo Câmara, continuou com o maior número de parlamentares, contabilizando 14 eleitos. Na sequência, vem o PP, com oito, seguido por PL e União, com cinco representantes cada. PSDB, PT, PV e Solidariedade obtiveram três vagas, cada, enquanto o Republicanos conquistou duas e Patriota, PCdoB e PSOL, uma cada.

PSB e PL foram as legendas que mais ganharam cadeiras em relação às últimas eleições: três a mais para cada uma delas. O PSC, por sua vez, saiu de cinco eleitos em 2018 para nenhum em 2022.

Uma novidade no pleito deste ano é a presença das federações, que são a união de dois ou mais partidos que devem atuar como um só por no mínimo quatro anos. Elas têm abrangência nacional e envolvem recursos de campanhas, propaganda eleitoral, obtenção de cadeiras e convocação de suplentes.

São elas: Federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV), Federação PSDB Cidadania e Federação PSOL Rede.

Ingresso

Com relação às votações, 42 foram eleitos por meio do quociente partidário (QP), que representa o número de candidatos que ocuparão as vagas pela legenda. O QP resulta da divisão dos votos adquiridos por cada legenda – tanto os nominais (dados diretamente aos candidatos) quanto os conferidos ao partido – pelo quociente eleitoral, que é a divisão do total de votos válidos pelo total de vagas disponíveis.

Por fim, outros sete parlamentares foram eleitos para vagas não preenchidas pelo cálculo anterior. Essas sobras ocorrem quando o produto da divisão é uma fração. Para resolver a situação, calcula-se uma média (divisão dos votos do partido pelo QP). A legenda com maior quociente médio recebe a primeira vaga. O cálculo é refeito sempre considerando a nova vaga recebida, até esgotarem-se as sobras.

Confira a lista dos integrantes da Alepe na próxima Legislatura, por partido: